Um fazer-da-imagem em Bergman
DOI:
https://doi.org/10.34640/ct10uma2025castroPalavras-chave:
arte, imagem, cinema, fotografia, técnicaResumo
Neste ensaio sobre cinema, pretendemos explorar concetualmente, o modo de fazer-da-imagem em Bergman, através de interações contemporâneas que permitem uma incorporação na experiência cinematográfica do realizador, tendo como base para criar novos entendimentos e perspetivas, a realidade apreendida das imagens-movimento do cineasta. A imagem que está sempre presente nas obras, coincide com a objetualidade das suas vivências existenciais, que se relacionam com o contexto em que ocorrem, caraterizando as mesmas com um novo modo de abordagem simbólica, onde predominam “close-ups” intensos e fusões que criam expressões específicas, que visam incorporar outras experimentações, para mostrar as questões fundamentais da experiência humana, o que torna o cinema mais autêntico, realista, possibilitador e contemporâneo, porque só o cinema, enquanto objeto de perceção e representação, possibilita o novo fazer da imagem, tornando-a linguagem universal no devir artístico deste fazer. Interrogaremos este conceito de fazer-da-imagem, uma fórmula de Samuel Beckett, seguida de considerações por Deleuze, a partir do cinema de Ingmar Bergman, revelando como a estética do realizador imprime no ecrã um novo realismo nas imagens, que apela aos sentidos, por meio de estratégias experimentais inovadoras, que suscitam o envolvimento emocional dos espetadores, num provocar que estimula afetivamente, o pensamento crítico.
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