"Bacurau": una metáfora de los territorios brasileños racializados

Autores/as

  • Lucivânia Nascimento dos Santos-Fuser Mestra em Estado e Sociedade pela UFSB

DOI:

https://doi.org/10.34640/UNIVERSIDADEMADEIRA2020SANTOS-FUSER

Palabras clave:

resistencia, necropolítica, favelas, noreste

Resumen

La película Bacurau es el objeto de este artículo. Consideramos aquí el territorio de Bacurau, un nombre ficticio, una metáfora de las favelas, las zonas más pobres del Nordeste, y también una analogía del Cangaço y una especie de Canudos victoriosos, representados por Bacurau en su estrato social y su marginalidad espacial. El artículo establece una analogía entre los paisajes, las masacres y la ausencia de infraestructuras urbanas en el territorio de Bacurau, y las imágenes, luchas y resistencias de las poblaciones que viven en territorios racializados. Utiliza los conceptos de biopolítica y necropolítica y hace una breve reanudación de la historia social y política de Brasil desde Canudos, pasando por el Cangaço, hasta la elección de Bolsonaro como presidente de la República, contexto histórico en el que se filma y estrena Bacurau. Se concluye que Bacurau es un emblema de la resistencia histórica de los pueblos de territorios racializados en el mosaico del territorio nacional brasileño, y de sus luchas por el derecho a la vida y al propio territorio, mucho más allá de una distopía del futuro imaginada en el contexto político y social de las elecciones presidenciales de 2018.

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Publicado

2020-12-10

Cómo citar

Nascimento dos Santos-Fuser, L. (2020). &quot;Bacurau&quot;: una metáfora de los territorios brasileños racializados. Cinema &Amp; Território, 1(5), 167–181. https://doi.org/10.34640/UNIVERSIDADEMADEIRA2020SANTOS-FUSER

Número

Sección

Artículos