Observação e pensamento: montagens realizadas por mulheres no documentário brasileiro contemporâneo
DOI:
https://doi.org/10.34640/ct9uma2024leaoPalavras-chave:
cinema feminino, cinema negro, Dilma Rousseff, documentário brasileiro, Mareielle FrancoResumo
A derrubada de Dilma Rousseff levou à realização de um número inusual de filmes. Parte considerável desses foi dirigido e editado por mulheres — Karen Akerman (O Processo de Maria Ramos, 2017), Karen Harley (Democracia em Vertigem de Petra Costa, 2019), Vânia Debs e Anna Muylaert (em Alvorada de Muylaert e Politi, 2020) e Paula Fabiana (2016) também diretora de Filme Manifesto. Analisaremos as operações de montagem predominantes nesses filmes, observando suas especificidades e traços estilísticos. O processo cria a sensação de observação exaustiva e a pontual contraposição com o entorno do congresso; Democracia em Vertigem realiza uma montagem não-linear marcada por elipses motivadas pelas memórias da diretora e pela trama antidemocrática, numa complexa articulação de imagens e sons, que visam o engajamento e a criação de significado à maneira dos soviéticos; Alvorada busca o cotidiano da residência de Dilma em uma linha narrativa que progressivamente ressalta o afastamento da presidenta); Filme manifesto articula, de forma linear, as manifestações até o afastamento de Dilma, contrapondo-as e situando-as a partir de material de arquivo. Abordaremos ainda o filme Sementes – mulheres pretas no poder de Éthel Oliveira e Júlia Mariano (editado por Mariana Penedo) realizado em 2020 [...].
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