A terceirização da maternidade a partir da representação cinematográfica da empregada doméstica: Olhares e caminhos construtores em "Que horas ela volta?"

Autores

  • Adriano Medeiros da Rocha Universidade Federal de Ouro Preto
  • Uriel Filipe Marques Silva

DOI:

https://doi.org/10.34640/ct9uma2024rochasilva

Palavras-chave:

empregada doméstica, terceirização da maternidade, liquidez da afetividade, história social brasileira, análise fílmica

Resumo

Este artigo promove reflexões sobre a representação da empregada doméstica registrada através de um dos filmes de destaque do cinema brasileiro contemporâneo. O recorte da investigação se dá através da análise fílmica da obra Que horas ela volta? (2015), da realizadora Anna Muylaert. Neste caminho analítico serão questionadas a liquidez da afetividade materna, o processo de terceirização da maternidade, a população negra que alimenta o emprego doméstico e a própria história social do país com seu aspecto escravocrata. Dessa forma, questões étnicas e raciais da sociedade brasileira, bem como a representação da experiência feminina da protagonista Val e suas lutas cotidianas como empregada doméstica serão problematizadas através da análise da narrativa cinematográfica escolhida.

Biografia Autor

Uriel Filipe Marques Silva

Jornalista formado pela Universidade Federal de Ouro Preto.

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Publicado

2024-11-18

Como Citar

da Rocha, A. M. ., & Silva, U. F. M. . (2024). A terceirização da maternidade a partir da representação cinematográfica da empregada doméstica: Olhares e caminhos construtores em "Que horas ela volta?". Cinema &Amp; Território, 1(9), 110–123. https://doi.org/10.34640/ct9uma2024rochasilva