A terceirização da maternidade a partir da representação cinematográfica da empregada doméstica: Olhares e caminhos construtores em "Que horas ela volta?"
DOI:
https://doi.org/10.34640/ct9uma2024rochasilvaPalavras-chave:
empregada doméstica, terceirização da maternidade, liquidez da afetividade, história social brasileira, análise fílmicaResumo
Este artigo promove reflexões sobre a representação da empregada doméstica registrada através de um dos filmes de destaque do cinema brasileiro contemporâneo. O recorte da investigação se dá através da análise fílmica da obra Que horas ela volta? (2015), da realizadora Anna Muylaert. Neste caminho analítico serão questionadas a liquidez da afetividade materna, o processo de terceirização da maternidade, a população negra que alimenta o emprego doméstico e a própria história social do país com seu aspecto escravocrata. Dessa forma, questões étnicas e raciais da sociedade brasileira, bem como a representação da experiência feminina da protagonista Val e suas lutas cotidianas como empregada doméstica serão problematizadas através da análise da narrativa cinematográfica escolhida.
Referências
Almeida, S. (2018). O que é Racismo Estrutural? Letramento.
Bertoldo, J. (2018). Migração com rosto feminino: múltiplas vulnerabilidades, trabalho doméstico e desafios de políticas e direitos. Rev. katálysis, Florianópolis, 21(2), 313-323, maio 2018. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-49802018000200313&lng=pt&nrm=iso
Brandão, V. & Silva, M. (2021, janeiro 6). Quando empregada ocupa lugar da mãe. Agência de Notícias/ UniCEUB. http://www.agenciadenoticias.uniceub.br/?p=7607
Casetti, F. & Chio, F. (2007). Cómo analizar un film. Paidós.
Campos, M. (s.d.). Efeitos do êxodo rural. Portal Mundo Educação – UOL. https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/efeitos-exodo-rural.htm#:~:text=%C3%8Axodo%20rural%20%C3%A9%20o%20deslocamento,tirou%20v%C3%A1rios%20postos%20de%20trabalho>.
Ferraz, D., Moura-Paula, M., Biondini, Bárbara, F. & Moraes, A. (2017). Ideologia, subjetividade e afetividade nas relações de trabalho: análise do filme “Que horas ela volta?”. Revista Brasileira de Estudos Organizacionais, 4(1), 252-278. Sociedade Brasileira de Estudos Organizacionais.
Hall, S. (2011). A identidade cultural na pós-modernidade. DP&A Editora.
Rancière, J. (2005). A partilha do sensível: Estética e política. EXO experimental/Ed. 34.
Ratts, A. (2006). Eu sou atlântica: sobre a trajetória de vida de Beatriz Nascimento. Instituto Kuanza.
Santos, R. & Costa, F. (2009). Cinema Brasileiro e Identidade Nacional: análise dos primeiros anos do século XXI. Universidade do Vale do Itajaí. https://arquivo.bocc.ubi.pt/pag/bocc-robson-cinema2.pdf
Silva, T. (2011). Identidade e diferença: a perspectiva dos Estudos Culturais. Vozes.
Vanoye, F. & Golliot-lété, A. (2006). Ensaio sobre a análise fílmica. Papirus.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2024 Adriano Medeiros da Rocha, Uriel Filipe Marques Silva
Este trabalho encontra-se publicado com a Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0.
Para mais informações siga o link: CC Atribuição-NãoComercial 4.0