Cinema e arquitetura: variações do olhar, variedades de lugar
DOI:
https://doi.org/10.34640/universidademadeira2022forgiariniPalavras-chave:
cinema, arquitetura, lugar, espaçoResumo
Na intersecção entre o cinema e a arquitetura, o olhar e os lugares se entrecruzam a partir da construção de narrativas e ambiências que fazem do filme um mosaico de variedades e variações. Mais do que mero espaço cenográfico, a dimensão do lugar que compõe a cena agrega valores imateriais e subjetivos que dão sentido e significado às motivações, ao comportamento, às expectativas e aos valores das personagens. A casa, o bairro, a cidade são variações objetivas de lugares que existem para situar a narrativa, mas o modo como essas espacialidades são concebidas e formatadas a fim de se conectarem ao espectro emocional da obra ultrapassa a esfera da materialidade desprovida de simbolismos. A partir de exemplos de filmes em que os lugares expressam mais do que concepções cenográficas, como L’heure d’été (2008), Visita ou Memórias e Confissões (1982) e Paris-Texas (1984), o trabalho apresenta uma análise sobre a maneira como a arquitetura age na transformação do olhar do espectador indicando relações menos óbvia de espaço e propiciando uma experiência estética permeada pela fruição das várias possibilidades de composição do lugar.
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