O "soft power" cinematográfico e o colonialismo em "Lagaan", "Princesa Mononoke" e "Avatar"
DOI:
https://doi.org/10.34640/52020CTCNSOFPalavras-chave:
colonialismo, pós-colonialismo, soft power, cinemaResumo
A arte como expressão da alma humana possui o poder da leveza e da beleza, denuncia, torna visível, esclarece e convence. Nesse caminho, o cinema representa uma "arma" no arsenal contra o colonialismo em contextos pós-coloniais em que as territorialidades estão em disputas de forma multidimensional, seja na cultura, nos bens minerais, nos recursos naturais, fauna e flora. “Arma” essa que se adequa ao conceito de Soft Power de Joseph Nye (2004a). Nesse sentido, o presente trabalho, objetiva apontar algumas intersecções entre a arte do cinema, aspetos das relações entre povos colonizadores, colonizados e as subsequentes teorias pós-coloniais delas decorrentes. A partir daí, analisam-se os roteiros de três filmes identificados com a temática do colonialismo, quais sejam o indiano "Lagaan" (Gowariker, 2001), o japonês "Princesa Mononoke" (Miyazaki, 1997) e o estadunidense "Avatar" (Cameron, 2009). Como conclusão, entre outras, evidencia-se que as obras cinematográficas auxiliam nas discussões e visão crítica a respeito de temáticas sensíveis como colonialismo em contextos pós-coloniais.
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