"Non ou a vã glória de mandar": um retrato identitário e geopolítico de Portugal
DOI:
https://doi.org/10.34640/universidademadeira2017silvaPalavras-chave:
cinema português, identidade nacional, Manoel de Oliveira, Non ou a vã glória de mandar, cinema e territórioResumo
Um dos filmes mais conhecidos de Manoel de Oliveira, Non ou a vã glória de mandar, apresenta um grupo de soldados que enfrentam a guerra na África no ano de 1974. Oliveira reconta, em uma espécie de Os Lusíadas às avessas, a história de Portugal, mas através das amargas derrotas sofridas dentro e fora do território lusitano, sempre decorrentes da “vã glória de mandar”. Em cada episódio retratado, verifica-se o fracasso em disputas sociais e territoriais - que vão desde o evento histórico de Viriato, líder das tribos lusitanas na resistência aos romanos; até a famigerada batalha de Alcácer-Quibir e os resultantes desígnios do sebastianismo. Elencando uma série de episódios que remontam à história de Portugal, Manoel de Oliveira busca fazer uma reflexão sobre a dimensão humana e cultural do povo português tendo o espaço lusitano como mote para compreender essa relação. Este artigo procura analisar no filme Non ou a vã glória de mandar, as relações estabelecidas entre o cinema e o conceito de território que servem de fio condutor para a reflexão sobre a formação de uma nação, além de observar o cinema de Oliveira como espaço para a expressão do retrato da [...].
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Filmografia
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